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Reportagem no Globo Rural destaca as Vantagens no uso de Fertilizante Organomineral

Em reportagem especial do Globo Rural, no dia 26 de março de 2023, o repórter Nelson Araújo apresentou as principais diferenças entre os fertilizantes químicos, orgânicos e organominerais. Em entrevistas com especialistas na área, destacou-se as vantagens para o uso dos adubos organominerais em relação aos demais.

Em parada no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (Inconfidentes-MG), o Doutor em Agronomia Cauê Trivellato explicou a origem dos adubos químicos (ou inorgânicos) e orgânicos, dando a principal característica que os diferencia: Os Inorgânicos são industriais e os Orgânicos são naturais.


FERTILIZANTE INORGÂNICO

Os fertilizantes inorgânicos, que são conhecidos por “químicos” por conta da sua formação, possuem origem em minerais. São extraídos de jazidas como minérios brutos e levados para a indústria, onde passarão por processos físicos e químicos até chegar nos adubos que conhecemos. A reportagem destacou “duas desvantagens” sobre eles:

  • Impacto Ambiental: Desmatamento para mineração; Emissão de poluentes na produção

  • Gastos elevados com Energia Elétrica na produção

Além disso, estes fertilizantes estão mais suscetíveis a problemas econômicos, uma vez que cerca de 80% do adubo utilizado no Brasil é importado de outros países. O grande exemplo atual foi por conta da Guerra entre Rússia e Ucrânia, que fez disparar os preços destes.

A vantagem deste tipo de adubo está em sua liberação de nutrientes mais rápida, permitindo resultados mais rápidos nas lavouras em relação ao Orgânico. Porém, o uso excessivo também pode acarretar na contaminação da atmosfera e dos cursos d’água.


FERTILIZANTE ORGÂNICO

Quanto aos fertilizantes orgânicos, Cauê Trivellato lembrou suas diversas origens, como estercos e camas, húmus de minhoca, tortas e farelos vegetais, que são chamados de Fertilizantes Orgânicos Simples, além, claro, do Composto Orgânico, que é o material de origem animal ou vegetal, passado por processos de enriquecimento e estabilização para uso. O ponto que os diferencia está na liberação lenta de nutrientes, o que não chega a ser desvantagem, já que permite às plantas a disponibilização de nutrientes por mais tempo em seu ciclo.

Sua grande vantagem está em melhorar a estrutura do solo, como se vê a seguir:

  • Acrescenta matéria orgânica no solo, aumentando a vida microbiotica

  • Melhora a porosidade do solo

  • Melhora a retenção e absorção de água

  • Reduz a perda de nutrientes


FERTILIZANTE ORGANOMINERAL: A SOMA DAS VANTAGENS

Nelson Araújo faz, por fim, o seguinte questionamento: “Não daria para juntas as vantagens do orgânico com as vantagens do químico?”. E a resposta foi dada pelo Professor Doutor Roberto Lyra Villas Boas, da UNESP (Botucatu-SP), especialista em fertilização de solos. Para ele, a principal ideia está em não opor os fertilizantes orgânicos e inorgânicos, mas sim em encontrar um equilíbrio entre eles, através dos fertilizantes organominerais.

Num breve histórico do uso de fertilização no país, professor Lyra aponta que até a década de 60 o uso era de adubos orgânicos; algo que só passou a mudar a partir da década de 70, com a criação das indústrias de fertilizantes químicos. E que, atualmente, começou um processo de revisão deste uso, buscando uma terceira opção, que a junção dos dois, originando os fertilizantes organominerais.

“E aí falam: Por que estão inventando um adubo misturado? Porque também tem suas vantagens. O que acontece é que o adubo inorgânico, que são sais, não altera as propriedades físicas do solo, bem biológicas. Já o orgânico faz isto muito bem. Quando eu faço um mix [organomineral], eu tenho um período maior de atendimento à planta”, comenta Lyra.

Os fertilizantes organominerais ainda estão em processo de expansão no mercado e são uma tendência forte para o momento, já que contribui significativamente para reduzir a dependência das importações de fertilizantes.

Quanto às vantagens, temos a soma das vantagens do orgânico e do inorgânico. Melhora a estrutura do solo e permite uma liberação gradativa dos nutrientes. Além disso, permite maior segurança diante de situações mais extremas do clima, seja em períodos de estiagem, com a retenção de água, seja em chuvas mais intensas, que “fazem lavar os nutrientes e esta liberação mais lenta vai fornecendo como se fosse comida de colherada para a planta”, diz o professor.

E conclui: “Os resultados desta mistura do organomineral são excelentes. Então, quando possível, com preços compatíveis, esta utilização deve ser incentivada.”

Para assistir à reportagem, acesse o link AQUI.



(Imagens: Reprodução)

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